Cuspiu em minha cara, cuspe? Não, foi comida, tal comida que fiquei preparando por um tempo lá embaixo, ela lá encima, incomunicável, fazia três dias que não tomava banho, mal comia, mal tomava água, apenas dizia: Não quero você perto de mim. Eu? Um bosta qualquer que naquele momento era chamado de namorado, pela família um namorado ideal, por ela também, Joana, no qual toda semana tava lá eu cuidando de sua mente, trabalhando com seres medíocres, soberbos que se achavam os sub deuses do direito e uma agradável desembargadora e estudando igual um condenado que em minha mente nós íamos casar e eu em minha maior obrigação: Sustentar os seus desejos consumistas, plásticas etc. Voltando a cena, cuspiu um filé mignon com batatas em minha cara ao dizer: - Não me amas? Não vê a situação que estou, a forma que estou aqui, horrível e tu queres que eu esteja bem, queres? Eu? Silêncio mortal, apenas ouvia um delírio a todo momento, uma gritaria, um pensamento que parecia uma garot...
Escritos de um jovem beatnik