Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem estará comigo?
Quem será meu amor?
Que idiota sou, dessa forma, clamando tua presença
Teu cheiro, teu sorriso, teus olhos…
Fica comigo
Se você for embora eu vou virar mendigo
Eu não sirvo pra nada
Não vou ser teu amigo
Fique
Fica comigo
Não consigo pensar raciocinar, dialogar com outros
Pareço um idoso francês atrás de uma espanhola de 18 anos
Esse nervoso é que me mata
Essa ausência, essa falta de você é que destrói
É uma neurose
Esse nervoso, essa vontade de partir, até você, destruir todas coisas que fiz, criei e construir o novo
Parece até que nem sou eu que tô aqui
Esse nervoso é uma porcaria
Eu não queria nem nascer se não nascesse pra você
Não queria nem pedir pra você ficar, pra num partir
Esse nervoso é assim, um desbunde total
Nem me faz bem, nem me faz mal
Como podes? Achei que venci na vida
Achei que já tinha sido campeão de algo, mas não
Fui derrotado pelo amor, ansiedade de vê-la
Como podes? O que fizestes contigo, cadê os exegetas, parece que os vonlutaristas te invadiram
A vontade reina tua mente, teu corpo, o amor está em ti como nunca tiveras
Não tenhas medo dessas cousas, enfrente.
Não sei não sei não sei se me amas se me queres só sei que sou dela e sempre estarei ao lado dela mesmo que não queres mesmo que longes de mim estarei lá
pareces um poeta que perseguias as jovens católicas cariocas dos anos 30
Que falta de maturidade esse texto, vejo nada, mas ao mesmo tempo vejo uma carta aberta ao amor
Para alguém,
Como podes?
Seres tão assim? Desesperado, maluco?
Não consigo definir o que sou
Apenas
Poeta.
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